Carol Silva

  Machucava te ver e não poder me aproximar como eu gostaria. As más escolhas já pesavam naquela época, mas agora, volta e meia, transbordam.  Observar o passado e o presente, saber que tudo poderia ter sido diferente e que dificilmente teremos uma segunda chance fere o coração. Tínhamos tudo, mas não nos tivemos o suficiente. Não corremos o risco, não abrimos mão de uma falsa estabilidade, de algo que não nos pertencia de verdade.  Preferimos fingir. Só que tudo ficava diferente com a tua presença. Desde o primeiro momento a conexão foi diferente. Nós não aceitamos isso, não permitimos que fosse real e nos demos mal. Carrego no peito o sentimento mais puro, faço da nossa breve história uma lembrança boa de um amor que não pode florescer. Minha pele tem tua assinatura, que nunca se apagará.

Dei uma pausa num trabalho da faculdade para desabafar aqui, porque estou sentindo algo que há tempos não sentia.  Eu acredito muito em conexão, mas estava me sentindo bem perdida nos últimos meses. Talvez por estar no começo de algo novo, por ter mudado muito e por estar desbravando o desconhecido.  Em novembro de 2020 fiz uma grande escolha: pedi demissão de um trabalho estável para viver o meu sonho. E deu tudo errado no início, pois não consegui a minha sonhada vaga de estágio. Assim que recebi a negativa (que doem muito porque foi por pouquíssimo que não consegui) repensei toda a minha trajetória e questionei a minha decisão. Foi difícil demais. Por pouco não desisti da minha faculdade, mais uma vez. Só que algo me puxava e sussurrava para continuar. Então segui em busca do que eu queria. Não foi nada fácil, porque durante o processo precisei perder várias coisas. Hoje parei pra refletir sobre tudo isso. Percebi que eu não estava de fato perdida, mas sim me conectando com o que re

Às vezes as coisas não acontecem como esperamos. Isso deixa nosso coração apertado, nos enche de questionamentos e incertezas. Poxa, por que tem que ser assim? Alguém me acorda desse pesadelo, por favor? A frustração, a tristeza e a raiva entram em cena. Ficamos com vontade de jogar tudo pro ar e enterrar nossos sonhos. Mas então uma pequena fagulha nos lembra de todos os sonhos, de todo o caminho percorrido e de todas as batalhas vencidas. Essa pequena fagulha mexe com sentimentos que estavam adormecidos, lembra dos por quês e nos enche de esperança novamente. Porque a vida é feita disso, perdas e vitorias. E às vezes precisamos perder algo que é muito importante para lembrarmos do porque batalhamos, porque sonhamos, porque vivemos. Nunca é fácil e sempre parece que dói mais do que da última vez. E vai continuar sendo assim por um bom tempo. Mas a mensagem por trás disso que importa. Toda a dor e dificuldade nos tira do conforto, nos faz dar passos para frente e observar os que já fo

Eu já parei de postar e voltei várias vezes. E talvez isso continue acontecendo. Mas a verdade é que eu gosto muito de escrever e estar aqui é um refúgio. Fora que gosto muito de reler meus textos e me sentir de volta ao dia que escrevi. Isso, inclusive, faz jus ao nome do blog. Sempre tive dificuldade com títulos e nomes. Pra decidir o nome do blog não foi diferente, mas aí num dia olhei pra estante que tinha, cheia de livros e objetos com significados pra mim, e pensei nesse nome. Então o blog é a minha estante de memórias.  Talvez seja por isso que eu sempre volte pra cá.  A única coisa que permanece constante é meu amor por escrever. Isso só evolui, mas não se encerra. Porém minha estética não é mais a mesma, meus gostos mudaram bastante e eu não sinto mais vontade de falar sobre maternidade como em 2018. Dessa vez quero falar sobre mim, sobre a minha bolha e sobre as coisas que eu gosto. Claro que entre as coisas que eu gosto está a maternidade e, indo mais longe, os livros, mas e

Quando eu estava gravida via muitas listas de enxovais e enlouquecia querendo comprar tudo e acreditando que cada item era indispensável. Iludida eu. Muitas coisas não cheguei a usar ou usei uma ou outra vez, porém algumas coisas uso até hoje e outras comprei/ganhei depois que ela nasceu e vi que se eu tivesse pensado e lido mais faria escolhas melhores. Hoje vou listar alguns itens que usamos muito, quase que diariamente e que facilitam as nossas vidas. Cadeira portátil de alimentação Margot ganhou ela um pouco antes de iniciar a introdução alimentar e desde então ela usa. A facilidade é que ela pode ser colocada na maioria das cadeiras de mesa e que é muito fácil de limpar. Como faço BLW e no início fazia muita sujeira, ela facilitou muito, por ser pequena e de um material de fácil limpeza. Baby Tub ofurô Assim que a Margot nasceu ela tomava banho em uma banheira, eu vivia com medo de deixar ela escorregar ou algo do tipo. Até que comprei um baldinho próprio pra dar

Desde que a Margot nasceu eu estou doida pra postar aqui, mas faltava tempo e coragem. Já tenho alguns posts prontos, mas um certo medo estava me impedindo de postar. Não sei explicar, mas algo dentro de mim estava me impedindo de fazer o que eu mais queria. Hoje decidi que finalmente o blog vai voltar, porque eu me sinto muito bem escrevendo e ultimamente eu tenho tentado encontrar coisas que me fazem bem, porque a vida anda bem complicada por aqui. Com o nascimento da Margot muita coisa mudou. Eu, principalmente, mudei muito. Já se passaram nove meses e eu ainda não me reconheço totalmente. Os primeiros 4 meses da Margot foram muito complicados, eu só vivia o mundo da maternidade e não queria me desgrudar dela. Tudo o que eu pensava era sobre a maternidade, foi uma entrega muito profunda. Entrei de cabeça nesse mundo e foi difícil me ver como mulher além de ser mãe. Eu me doei cem por cento e não me arrependo disso. Após esses primeiros meses eu comecei a sentir falta de ser alg

Hoje vou fazer um resumão de como foi minha gravidez. Gostaria de ter feito um resumo de cada trimestre, mas não fiz e agora é complicado lembrar de tudinho. Também vou colocar umas fotinhos que marcaram esse momento. Esse post é mais como uma recordação, sempre vou poder voltar aqui e lembrar de algumas coisas que senti. O início da minha gravidez foi bem conturbado. Tive algumas crises de ansiedade, o trabalho me consumia e me estressava e o medo das novidade e mudanças era muito grande. Além disso, vomitava muito e passava quase o dia todo enjoada. O medo e a ansiedade foi diminuindo com o passar das semanas (a vida passa a ser contada por semanas com a gravidez), com a ajuda de uma psicologa e da minha família. Falei sobre aqui Os sintomas da gravidez foram presentes desde o início. Tive muitos enjoos, vomitar se tornou rotina por um bom tempo, as espinhas estão presentes até agora. Nesse finalzinho a azia aumentou, fico enjoada algumas vezes e as dores são demais. T